ALIQUID NOVI

Aspectos fundamentais da NP 405


A norma determina uma ordem obrigatória para os elementos da referência, ou seja, estes elementos são apresentados sempre pela mesma ordem e têm sempre a mesma pontuação que os antecede, de forma a serem facilmente identificáveis e reconhecidos, mesmo quando se apresentem escritos em línguas que não se domine.

Estabelece as regras

  • Para a transcrição e apresentação da informação contida nas fontes da publicação a referenciar e
  • Para a apresentação de bibliografias e citações bibliográficas.

A norma remete-nos para as Internacional Standard Bibliographic Description (ISBD) como referência.

As diversas ISBD (em português, Descrição Bibliográfica Internacional Normalizada) são normas internacionais que visam regularizar a descrição bibliográfica na sua forma e conteúdo. Estas normas são seguidas pela generalidade das bibliotecas no trabalho de catalogação e a descrição que delas resulta é mais completa do que aquela que decorre da NP-405. Daí que, para resolver alguns problemas que a utilização desta norma levanta, seja necessário consultar as ISBD.

ISBD-M

A NP-405 distingue os diversos elementos bibliográficos contidos numa referência bibliográfica em elementos Essenciais (E), Facultativos (F) e Recomendáveis (R).

  • Um Elemento essencial é aquele que é indispensável à identificação do documento ou sua localização.
  • Um Elemento facultativo é aquele que, não estando directamente ligado à identificação do documento, pode fornecer uma informação adicional, útil ao utilizador da referência.
  • Um Elemento recomendável é aquele que fornece clareza adicional à identificação do documento e que, pela sua importância, deverá ser incluído, quando disponível.

Assim, uma referência completa de uma monografia (livro) é constituída por:

Autor (es) (E) – Título (E) : Complemento do Título (R) ; Responsabilidade Secundária (F) . Edição (E) . local : editor , ano de Publicação (E) . Descrição Física (R) . (Série) (F) . Notas (F) . ISBN (E)

Referência só com os elementos essenciais (estes são os elementos mínimos e que, para o nosso caso, nos parece mais adequado a um público escolar):

Autor (es) – Título . Edição . local : editor , ano de Publicação . ISBN

Exemplo:

BELL, Judith – Como realizar um projecto de investigação : um guia para a pesquisa em Ciências Sociais e da Educação ; rev. José Machado Pais . 1ª ed. . Lisboa : Gradiva , 1997 . 212 p. , il. . (Trajectos ; 38) . número de registo 1961 . ISBN 972-662-524-6

Ou, na sua forma simplificada, usando apenas os elementos essenciais:

BELL, Judith – Como realizar um projecto de investigação . 1ª ed. . Lisboa : Gradiva , 1997 . ISBN 972-662-524-6

Ter em atenção os seguintes pontos:

  • O critério seguido na primeira referência é para ser mantido até ao fim.
  • A ordem dos elementos deve ser sempre a mesma.
  • A pontuação é muito importante.
  • Tanto a ordem dos elementos como a pontuação servem para identificar cada elemento no conjunto da referência; desta forma, seja qual for a língua em que seja expressa, consegue-se perceber que função tem cada elemento (se se refere ao título, ou ao editor, etc.).
  • O autor (ou autores) é apresentado sempre com o apelido em primeiro lugar, em maiúsculas, e só depois o nome próprio;
  • Deve-se ter em atenção os apelidos compostos (Castelo Branco; La Fontaine; Vargas Neto) ou de autores espanhóis (Lopez Bravo, Juan): em ambos os casos, o apelido é composto por duas ou mais palavras e deve ser considerado como um único conjunto.
  • O título deve ser sempre destacado: sublinhado, a “negrito” ou em itálico. O critério adoptado deve ser mantido ao longo da obra que estamos a elaborar.
  • Pode-se indicar até três autores numa mesma publicação; quando existem mais de três autores ou colaboradores na menção de responsabilidade, regista-se o primeiro e acrescenta-se a abreviatura latina [et al.] que significa e “e outros”.

 

 

 

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